1. O que é o Neuroma de Morton ?
É um nódulo tumoral benigno do nervo interdigital, que ocorre mais frequentemente entre o 3º e o 4º dedos do pé.
Esse nódulo pode ocasionar dor, sensação de formigamento, queimação ou choque na região plantar do pé e nos respectivos dedos.
Ocorre principalmente em mulheres de meia-idade.

2. O que ocasiona o Neuroma de Morton ?
Existem diversas teorias. Suspeita-se que traumas repetitivos na parte anterior do pé, como atividades de impacto, uso de calçados de bico fino, calçados de salto alto, contusões, fraturas e alterações anatômicas das articulações dos dedos sejam os principais fatores.

3. Como é feito o diagnóstico de Neuroma ?
O diagnóstico é essencialmente clínico, através da história do paciente e do exame físico com testes específicos do pé e da região acometida.
O exame de ultrassonografia e a ressonância nuclear magnética ajudam a visualizar a lesão e possibilitam fazer o diagnóstico diferencial com outras possíveis alterações.
O neuroma de Morton não aparece no exame de RX.

4. Qual o tratamento para o Neuroma de Morton ?
Inicialmente, pode-se tratar a dor com o uso de antinflamatórios, mudança do tipo de calçado e palmilhas que aliviam a compressão local.
O tratamento definitivo é a cirurgia ambulatorial para a retirada completa do neuroma através de uma incisão dorsal no pé.

5. Como é feito o pós-operatório da retirada do Neuroma ?
A cirurgia é ambulatorial em ambiente hospitalar.
Após a alta hospitalar, o paciente usa uma sandália pós-operatória com apoio no calcanhar por aproximadamente 2 a 3 semanas.

6. Existe alguma alteração após a cirurgia do neuroma de Morton ?
1. Ocorre edema (inchaço) da parte frontal do pé, que pode levar algumas semanas para regredir e o paciente conseguir usar sapatos de uso diário.
2. Com a retirada do nervo que apresenta o neuroma, existe a perda da sensibilidade na região entre os dedos acometidos (parestesia). Essa perda costuma ser transitória e pode demorar meses para que outros ramos nervosos assumam a sensibilidade da região.

7. Quando é possível retornar as atividades normais após a cirurgia do Neuroma ?
Depende do processo de cicatrização, normalmente entre 2 e 3 semanas para atividades leves, sem impacto, até 6 a 8 semanas para atividades esportivas mais intensas.

8. Quais as principais complicações que podem ocorrer com a cirurgia do neuroma de Morton.
Infecção local, dor residual e recidiva do neuroma podem ocorrer.
A dor residual pós-operatória pode ocorrer por sensibilidade cicatricial ou fibrose.
A infecção e a recidiva do neuroma são complicações raras, com baixo percentual de ocorrência.

Texto preparado pelo Dr. Silvio Maffi, membro do Comitê Científico do Hospital Blanc.

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Introdução

As mamas são consideradas um sinal de feminilidade e consequentemente um órgão sexual de grande importância para a mulher. Ao longo dos séculos os artistas nos mostraram esta importância através de pinturas, esculturas e a moda.
Nas últimas décadas o nível de exigência das mulheres com relação ao aspecto estético e funcional de suas mamas tem aumentado expressivamente.
A divulgação de corpos femininos através dos meios de comunicação determinou um ideal de mamas proporcionais, firmes e saudáveis.
As expectativas deste público cada vez mais informado e esclarecido têm despertado a necessidade de aperfeiçoamento de resultados. Minimizações de complicações, projeção duradoura e redução de cicatrizes são objetivos constantes na nossa prática diária.

Histórico

A redução mamária utilizando uma incisão na pele com o formato periareolar e T invertido é amplamente utilizada e uma das técnicas mais versáteis, permitindo um grande controle sobre a extensão da ressecção e o processo de armação e projeção das mamas.
Em 1967, Pitanguy7 idealizou sua técnica mais conhecida, chamando a atenção para o planejamento preciso das incisões iniciais que serão muito próximas das finais, com eventuais e leves correções acessórias. Determinou medidas e formas próprias de avaliar a porção a ser ressecada, assim como a obtenção de pontos fixos transferíveis para a mama contra lateral de modo a se obter simetria final. A utilização da Manobra de Schwartzmann (1930) de desepitelização das vizinhanças periareolares mantém a integridade circulatória e proporciona liberdade para migração do complexo areolo – papilar. A ressecção glandular assume a forma de uma quilha, criando sempre dois pilares (lateral e medial) que determinarão o cone final.
Também na década de 60, Strombeck11,12 idealizou uma marcação prévia a partir de um molde preconcebido que seria copiado sobre a mama e usaria o princípio do buraco de fechadura descrito em 1938 por Nedkoff. O deslocamento efetuado com a Manobra de Schuvartzmann mantém o mamilo centrado numa ponte móvel confeccionada com dois pedículos (lateral e medial) e a ressecção é feita abaixo dessa ponte. A junção final dos pontos pré – marcados daria a almejada composição cônica final e o complexo areolo-papilar (CAP) já teria seu sítio pré-estabelecido pela ressecção glandular de pequeno circulo que vai alojar a porção mediana da ponte desepitelizada que o contém.0
A solução de Robbins, utilizando um pedículo de base inferior, têm adquirido muita popularidade nas últimas décadas. Fácil de executar e reproduzir, todo excesso de pele é removido e a mama adquire um formato satisfatório.
A mamoplastia redutora vertical foi preconizada por excelentes cirurgiões como Lassus, Marchac, Lejour e Hall – Findlay, Peixoto entre outros.
O procedimento foi descrito primeiramente em 1957 por um cirurgião brasileiro, Arié1, numa técnica em que a pele e o tecido mamário são ressecados em bloco da margem inferior da aréola até o sulco inframamário, sendo que a cicatriz resultante se estende além do sulco infra mamário.
Muitas modificações se seguiram e muitos adeptos popularizaram está técnica para minimizar as cicatrizes e evitar a horizontal do clássico T invertido.
A questão é, a que custo? O formato obtido com a cicatriz vertical costuma salientar o polo inferior e pode apresentar “dog ears” na linha de sutura, também é mais difícil obter uma projeção aceitável do polo superior da mama. Por outro lado, a mamoplastia em T invertido também apresenta desvantagens relacionadas ao formato da mama: mau-posicionamento do CAP, cicatrizes hipertróficas e perda de projeção a longo prazo.
Como qualquer procedimento cirúrgico, a seleção apropriada de cada paciente parece ser a chave para obtermos bons resultados.
Baseados neste princípio passamos a desenvolver uma técnica versátil, de fácil reprodução e que pudesse ser adaptada para pacientes com diferentes graus de hipertrofia e ptose.

Planejamento pré-operatório

Os objetivos da cirurgia consistem em reduzir o volume das mamas, modelar de maneira a harmonizar em relação ao fenótipo da paciente, e propiciar resultados o mais duradouro possível.
Os cuidados no planejamento da cirurgia vão facilitar o cirurgião a realizar a mamoplastia de maneira que se possa obter uma boa simetria e uma forma natural para as mamas. Este planejamento se inicia com o diagnóstico, a indicação e o planejamento da cirurgia.
A conversa com o paciente no pré-operatório permite ao cirurgião saber dos objetivos da paciente quanto a forma e volume das mamas, as cicatrizes resultantes da cirurgia e as complicações que poderão ocorrer embora raras.
Deve-se conversar sobre a história pessoal e familiar de doenças mamarias. A solicitação da mamografia está indicada nas pacientes acima de 35 anos  ou que tenham antecedentes de patologia mamária. O exame físico da paciente vai possibilitar ao cirurgião a avaliação do volume, grau de ptose, largura da base da mama, posição, forma e tamanho do CAP, forma do mamilo, se está invertido, tipo de pele, gorduras adjacentes. Avaliar também a simetria, bem como a presença de nódulos ou massas palpáveis.
A marcação prévia das incisões vão nos facilitar e diminuir o tempo cirúrgico.

Resultados

No período de 1983 a 2005 efetuamos 904 mamoplastias utilizando o Retalho de Silveira Neto10. Dentre estas, 278 foram mastopexias e 626 mamoplastias redutoras. Vários colegas em nosso meio também utilizam esta técnica, perfazendo outros mais de 1000 casos operados ao longo dos últimos anos, dentre eles os Doutores Márcio Rigo, Antonio Rezende, Roberto Chem, Eduardo Chem entre outros. Os Cirurgiões Plásticos que terminam o programa de residência na Santa Casa de Porto Alegre também utilizam a técnica pela facilidade e reprodutibilidade.
A ressecção de grandes volumes é possível sem prejuízo funcional e/ou estético do CAP. particularmente útil em gigantomastias, proporcionando cicatrizes menores e sem tensão e evitando a enxertia do CAP.

De maneira geral, acreditamos ter obtido resultados duráveis, cicatrizes mínimas e discretas, adequação da forma obtida com as expectativas das pacientes e preservação da sensibilidade e funcionalidade das mamas.
Ressaltamos a versatilidade desta técnica, podendo ser executada em diversos graus de ptose, associação de ptose com pequenas e médias hipertrofias e/ou grandes hipertrofias.

Prevenção das complicações

⦁ Orientação medicamentosa no pré-operatório.
⦁ Uso da técnica adequada.
⦁ Delicadeza com os tecidos durante a cirurgia.
⦁ Hemostasia cuidadosa.
⦁ Drenagem precoce na ocorrência de hematoma.
⦁ Ausência de tensão nas suturas.
⦁ Compressão das cicatrizes.

Vantagens da técnica

⦁ Sistematização da cirurgia.
⦁ Boa simetria com forma natural das mamas.
⦁ Rapidez de execução de técnica devido a colocação do CAP no sítio definitivo e sem a necessidade de corrigir sobras de pele ou orelhas no final das cicatrizes.
⦁ Podemos adicionar outras técnicas como retalhos de pedículo inferior para a projeção do polo superior. Retalho inferior invertido.
⦁ Retalho de Silvera Netto para rotar o CAP nas ptoses severas.
⦁ Baixo nível de complicações.

Texto preparado pelo Dr. Antonio Rezende, membro do Comitê Científico do Hospital Blanc.

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A ruptura do Ligamento Cruzado Anterior, ou somente LCA, é uma das lesões ligamentares mais comuns do joelho. Tipicamente acometendo esportistas de contato após traumas torcionais do joelho, tais como jogadores de futebol, vôlei e praticantes de artes marciais, as lesões de LCA também podem ocorrer em acidentes de maior energia, como, por exemplo, em acidentes de trânsito.
Na suspeita de uma ruptura do LCA, algumas condutas devem ser tomadas, sendo a principal o exame físico do paciente executado pelo médico assistente com o objetivo de identificar possíveis complicações e lesões associadas frequentes. Rupturas meniscais, lesões da cartilagem articular, outras lesões ligamentares e até avulsões ósseas podem ocorrer em simultâneo a uma ruptura do LCA. Para a confirmação diagnóstica e avaliação, geralmente são requisitados exames de imagens complementares ao paciente. Com o objetivo de restaurar a estabilidade articular, muitas vezes perdida após o trauma e evitar lesões crônicas degenerativas precoces que uma lesão ligamentar não tratada corretamente pode proporcionar, o médico ortopedista assistente deve elaborar um plano de tratamento para seu paciente, explicando tanto os objetivos como as possíveis complicações do mesmo.
Após traçado o plano terapêutico, o qual em grande parte dos casos envolve a reconstrução ligamentar cirúrgica com o uso de enxertos tendíneos do próprio paciente, diversas orientações e cuidados são informados. Seguir os cuidados adequados com a ferida operatória e seus curativos além de manter os protocolos corretos de imobilização, carga e fisioterapia precoce são os principais objetivos a serem alcançados no período pós-operatório. Não menos importante são as medicações prescritas após a cirurgia. Analgesia escalonada e o uso de antitrombóticos, quando indicados, devem ser administrados corretamente para se alcançar o bem-estar pós cirúrgico.
O mais importante sempre é manter um canal de comunicação rápido e claro com o seu médico, esclarecendo dúvidas da reabilitação e reconhecendo possíveis complicações sempre precocemente para mais fácil resolvê-las quando presentes.

Texto preparado pelo Dr. Renato Brito, membro do Comitê Científico do Hospital Blanc.

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A Abdominoplastia, também conhecida como Dermolipectomia, é a cirurgia realizada para retirar o excesso de pele da região do abdômen. Esta cirurgia , na maioria das vezes, é realizada após a gestação, pois a gravidez ocasiona importantes alterações corporais como o afastamento dos músculos do abdômen (chamada de diástase dos músculos ) , excesso de pele, flacidez, estrias, entre outros. Neste procedimento cirúrgico, portanto, conseguimos realizar a retirada de grande parte das estrias (principalmente as localizadas abaixo do umbigo), retiramos o excesso de pele e realizamos a costura dos músculos reto-abdominais ( correção da diástase ) para dar um tônus mais adequado ao abdômen, reduzindo, assim, a protrusão abdominal.
A maioria das Abdominoplastias são consideradas cirurgias estéticas, ou seja , realizadas somente para melhorar o aspecto do abdômen para melhorar a auto estima das pacientes. Porém existem casos que são consideradas cirurgias reparadoras, por exemplo, aquelas pacientes que possuem um abdômen em avental podendo ocasionar , inclusive, micoses de repetição. Nestes casos , realiza-se a chamada cirurgia higiênica, trazendo uma melhora na qualidade de vida do paciente.

Um procedimento muito associado à Abdominoplastia é a Lipoescultura, cirurgia esta conhecida como Lipoabdominoplastia. Este procedimento traz um resultado ainda melhor para o paciente , pois
consegue-se melhorar o contorno corporal, retirar o excesso de pele e ainda aproveitar a gordurinha que saiu para colocar em outras regiões do corpo, como os glúteos , gerando um remodelamento corporal em 360 graus, e isto tudo podendo ser realizado em um único tempo cirúrgico.

Como são as cicatrizes da Abdominoplasita?

A cicatriz desta cirurgia é horizontal, localizada na parte inferior do abdômen e se consegue esconder, inclusive com as roupas íntimas e biquínis. Além disto , fica uma cicatriz ao redor do umbigo.
Naqueles paciente que possuem somente pouca sobra de pele e esta sobra de pele é localizada somente abaixo do umbigo, pode-se realizar a Mini-Abdominoplastia. Nestas cirurgia retira-se o pequeno exceto de pele, não havendo necessidade de mexer no umbigo, portanto, não haverá cicatriz ao redor dele.
Em alguns casos, principalmente nos pacientes que tiveram uma grande perda de peso, como os pacientes pós-bariátricos, há a necessidade da realização da Abdominoplastia em Flor-de-Lis, popularmente chamada de Abdominoplastia em Âncora. Nesta cirurgia , além da tradicional cicatriz na parte inferior, existirá uma cicatriz vertical meio do abdômen e esta cicatriz não poderá ser escondida com um biquíni, somente com maiô e demais vestimentas.

Quem pode realizar esta cirurgia?

A maioria são pacientes que já passaram pela gestação e não pretendem mais ter filhos. Porém, este procedimento pode ser realizado por pacientes que não tenha filhos, mas apresentam excesso de pele.
O importante é estar em boas condições de saúde e isto será verificado com o seu médico durante a consulta e exames pré-operatórios solicitados.

A Abdominoplasita impede de ter filhos futuramente?

Esta é uma dúvida bastante frequente e a resposta é NÃO, mas claro que o ideal é após estar com a sua prole constituída antes do procedimento.

Existem riscos neste procedimento?

Tanto a Abdominoplastia quanto a Lipoabdominoplastia são procedimentos bastante seguros hoje em dia, e de baixo risco, desde que realizados por profissionais habilitados . Porém como qualquer
procedimento cirúrgico, não é isento de riscos, mas o seu medico irá conversar bastante contigo durante a consulta e te explicar tudo .

Pacientes que possuem doenças como Diabetes, Hipertensão, Asma ou problemas de tireoide, podem realizar esta cirurgia? Sim, desde que estejam controladas.

Como é o pós-operatório?

O pós-operatório é parte fundamental do tratamento e deve ser levado bem a sério pelo paciente para que se obtenha o melhor resultado possível para o seu caso. Ele é divido basicamente em 2 períodos: o imediato e o tardio.
No pós-operatório imediato deve-se utilizar a cinta modeladora de 2 a 3 meses ( seu médico irá orientar o período melhor para o seu caso ) e sugere-se a realização da fisioterapia pós-operatória para uma reabilitação adequada com técnicas específicas de manipulação tecidual associadas à realização das drenagens linfáticas, fazendo com que o paciente se recupere de forma mais rápida e retorne mais precocemente à sua rotina de trabalho.
O pós operatório tardio , é importante que o paciente mantenha hábitos saudáveis de vida, alimentando-se de forma saudável, realizando prática de esportes e de exercícios físicos para que ele consiga manter por mais tempo o seu resultado.

Texto preparado pelo Dr. Pedro Westphalen, membro do Comitê Científico do Hospital Blanc.

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A Gastroplastia, também chamada de Cirurgia Bariátrica, Cirurgia da Obesidade ou ainda de Cirurgia de redução do estômago, é, literalmente, a plástica do estômago (gastro =
estômago, plastia = plástica) que tem como o objetivo reduzir o peso de pessoas com o IMC (índice de massa corporal) elevado.
A cirurgia pode ser realizada em pessoas com o peso acima do ideal, os chamados obesos severos ou graves. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saude) a cirurgia bariátrica é indicada para pessoas com IMC igual ou superior a 40 kg/m2 ou pessoas com IMC entre 35 e 40 kg/m2, que apresentem doenças associadas ou causadas pela obesidade. São as chamadas comorbidades. Entre elas, as mais comuns são o diabetes, hipertensão, apneia do sono, e as doenças articulares.
O Brasil é o 2º colocado em número absoluto de cirurgias bariátricas, com 80 mil por ano, ficando atrás apenas dos EUA, onde são realizadas 300 mil.
No Rio Grande do Sul, as cirurgias são realizadas desde o ano de 1998 pela técnica aberta e desde 2001 por videolaparoscopia (sem cortes).

Classificação da Obesidade – como calcular o IMC

A classificação da obesidade é de acordo com o IMC =(Peso/altura²). O aumento de peso
atualmente está divido em:
# IMC entre 18 e 25 – Peso ideal
# IMC entre 25 e 30 – Sobrepeso
# IMC entre 30 e 35 – Obesidade Grau 1
# IMC entre 35 a 40 – Obesidade Grau 2
# IMC acima de 40 – Obesidade Grau 3

Atualmente, as principais cirurgias bariátricas realizadas mundialmente são o Bypass Gástrico e o Sleeve.
O Blanc Hospital disponibiliza a seus pacientes a Cirurgia Bariátrica desde a sua inauguração.

Texto preparado pelo Dr. Gabriel Vargas, membro do Comitê Científico do Hospital Blanc.

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VISÃO GERAL

Os detalhes dos contornos musculares da parede abdominal começam a ser percebidos quando o Índice de Gordura Corporal (Body Fat Index – BFI) está próximo de 15%, em homens, e de 18%, em mulheres que seguem uma rotina regular de dieta e exercícios. Fato é que, a maioria dos indivíduos, mesmo praticando atividade física regular, não obterá a definição da sua musculatura abdominal. Características individuais, genéticas e de receptores de membrana dos adipócitos, determinam a quantidade e a localização/distribuição dos depósitos da gordura abdominal.

A Lipoaspiração de Média Definição é a técnica expõe os detalhes musculares da parede abdominal, utilizando a lipoaspiração tradicional, sem o uso de qualquer tipo de energia externa. O seu conceito baseia-se na remoção da gordura, através de uma lipoaspiração profunda e superficial, com cânulas com design especifico (3 orifícios, em linha, de um lado do tubo), criando um conjunto de pele/subcutâneo, mais fino do que nas técnicas convencionais. Essa cobertura, mais delgada, irá conectar-se aos relevos musculares profundos, da parede abdominal do paciente, através de moldes de compressão customizados, criando uma reação de fibrose controlada, a qual será responsável pela melhor conexão do tecido, organizando a cicatrização natural e expondo a definição dos contornos musculares.

EM QUAIS CASOS É REALIZADO O PROCEDIMENTO

– Pacientes que realizam atividade física regular e, apesar disso, apresentam acúmulo de gordura localizada que impede a percepção da definição de seu abdome

– Pacientes que estão no seu peso ideal e não possuem flacidez ou excesso de pele no abdome

RISCOS DA CIRURGIA

Os riscos do procedimento, são os mesmos de uma lipoaspiração tradicional

Sinais de Alerta: dor abdominal intensa, falta de ar, dor torácica

COMO SE PREPARAR

Essa é uma técnica indicada para pacientes que tem um estilo de vida saudável e estão dentro do peso recomendado. A rotina de exercícios e uma dieta equilibrada são parte da preparação do paciente

A VIDA APÓS O PROCEDIMENTO

A duração da Cirurgia é de cerca de 2 horas. O paciente terá alta hospitalar no mesmo dia, após algumas horas na sala de recuperação. O uso de malha compressiva e moldes abdominais é obrigatório por 30 dias após a cirurgia. Geralmente, o paciente pode retornar ao trabalho após 4 a 7 dias (com restrições). Após 3 semanas exercícios leves estão liberados conforme orientações. O início do tratamento de fisioterapia, no pós-operatório, será avaliado, individualmente. O inchaço é mais intenso no primeiro mês de pós-operatório, e gradualmente, vai cedendo ao longo dos primeiros 6 meses.

Texto preparado pelo Cirurgião Dr. Giuliano Borille, membro do Comitê Científico do Hospital Blanc.

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Tratamentos cirúrgicos – Cirurgia Íntima

Dentre os tratamentos cirúrgicos, o mais procurado é a Ninfoplastia. Existe uma queixa muito recorrente de insatisfação com a aparência do genital feminino com os pequenos lábios redundantes. Vale frisar que uma pequena parcela destas pacientes tem, de fato, hipertrofia dos pequenos lábios. Ocorre que com a popularização das redes sociais , que expõem nudez frontal, geralmente por modelos, se convencionou um novo padrão de beleza para a região, logo as mulheres se comparam com essas imagens e idealizam uma vulva sem pequenos lábios evidenciados, mesmo que essa anatomia não tenha nada de anormal, já que a literatura não define um padrão de normalidade e como outras partes do corpo há uma variação enorme de “ normais”, assim como tamanho e formato de nariz, mamas, etc. Essas pacientes merecem atenção, já que estão muito abaladas emocionalmente, sem confiança, baixa auto estima e desejosas de reparos. A primeira providência do médico que recebe essa candidata a cirurgia é tentar mostrar a ela que nada há de errado na sua genitália, que os pequenos lábios tem função fisiológica na proteção da entrada vaginal e que as cirurgias de redução poderão alterar o bom funcionamento daquela vulva. Logo, é obrigação do profissional tranquiliza-la e tentar demover o desejo do reparo cirúrgico, que como sabemos não é isento de complicações imediatas e tardias já que não é um procedimento embelezador feito em salão de beleza como possa parecer. Já aquelas pacientes que apresentam uma verdadeira hipertrofia com consequências , dor, dificuldade de higienização, volumização aparente no uso de roupas apertadas ou até mesmo dificuldades na penetração durante o ato sexual, são candidatas à cirurgia como única forma de melhorar seu dia a dia. A assimetrias importantes também se encaixam nessa categoria.

A ninfoplastia ou labiopalstia menor é uma cirurgia já realizada desde sempre pelos ginecologistas e vem ganhando uma proporção muito maior nos últimos anos. Ela pode ser realizado a frio, isto é , cirurgia tradicional com o bisturi, onde é retirado o excesso dos pequenos lábios tentando preservar a base deles utilizando suturas com fios absorvíveis, O pós-opertatório é incomodo pois é uma área que não pode ficar protegida com curativos, além de ter uma umidade natural e ficar submetida a movimentação. È bastante comum a deiscência das suturas e esse assunto deve ser tratado com muita preparação , enfatizando com a paciente que esses eventos podem ocorrer, e a não ser em casos muito graves, essas suturas não serão refeitas optando-se sempre pelo fechamento por segunda intenção com muitos cuidados de higiene. A recuperação completa é prevista para 60 dias passando pelas fases iniciais com edema importante, pequenos sangramentos, soltura de pontos da sutura e desconforto. Mais recentemente temos observado a migração dessa cirurgia para o Laser cirúrgico de CO2 que permite uma cicurgia mais delicada, com pequeno ou nenhum sangramento, menos edema no pós-operatório, podendo ser realizada em bloco cirúrgico ou mesmo em consultório como alguns médicos, já com experiência, oferecem, utilizando anestesia local. Por ser uma cirurgia mais delicada veremos cada vez mais ser realizada em consultórios e clínicas com retorno imediato ao domicílio pois não há necessidade de recuperação pós-anestésica.

Texto preparado pelo Cirurgião Dr. Antonio Barbato, membro do Comitê Científico do Hospital Blanc.

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ABLAÇÃO PERCUTÂNEA DE TUMORES

A ablação guiada por imagem é hoje um dos procedimentos mais atuais para o tratamento de alguns tumores, utilizada principalmente para tratamento de tumores hepáticos (primários ou metastáticos) e renais, sua indicação tem sido amplamente diversificada, sendo também recomendada para o tratamento de alguns tumores pulmonares e ósseos, permitindo que o paciente receba um tratamento mais conservador, que dispense a necessidade de uma cirurgia convencional.
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Esta técnica causa importante mudança de temperatura no interior do tumor, resultando em morte celular, o procedimento consiste em posicionar uma agulha de radiofrequência ou micro-ondas no interior da lesão, que é ligada a um aparelho o qual gera energia, que por sua vez é transmitida diretamente ao tumor, “queimando-o”. O posicionamento da agulha dentro do tumor é guiado por métodos de imagem, tanto por ecografia quanto por tomografia, permitindo assim localização precisa da mesma.
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Como é realizada com a combinação de exames de imagens, é possível realizar um controle imediato da lesão logo após encerrada a ablação, permitindo com isso avaliar a eficácia inicial do procedimento e a necessidade de complementação que se faça necessária no mesmo momento.
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É um procedimento minimamente invasivo, feito com anestesia local e sedação, onde o paciente fica apenas uma noite no hospital. Não há pontos, somente uma pequena incisão no local aonde foi inserida a agulha.
Entre as complicações potenciais do procedimento estão o sangramento no trajeto da agulha de ablação, que embora muito pequeno e sempre detectado precocemente, sempre deve ser descartado nas imagens ao final do procedimento.
Após o procedimento o paciente permanece na sala de recuperação por cerca de 12horas, para o acompanhamento e analgesia recebendo alta com um pequeno curativo no local da punção que normalmente cicatriza em cerca de 48h.
O paciente poderá retornar as atividades após 24horas, desde que já de sinta bem para isso.

Texto preparado pelo Cirurgião Dr. Eduardo Medronha, membro do Comitê Científico do Hospital Blanc.

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