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A obesidade, sem dúvida, é um problema sério do Brasil. Segundo dados de 2020 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 26,8% da população do país é obesa. O excesso de peso, além de desencadear uma série de doenças, como, entre outras, hipertensão, diabetes tipo II e problemas cardiovasculares, também prejudica a qualidade de vida. 

O tratamento contra a obesidade deve ser multidisciplinar, conectando aspectos físicos e também psicológicos, a fim de que se obtenha uma maior assertividade durante o processo e de que se promova o bem-estar dos pacientes. Além da reeducação alimentar e da prática de exercícios físicos, existem procedimentos cirúrgicos e ambulatoriais extremamente eficazes no tratamento da obesidade

O balão intragástrico, por exemplo, é um dos mais conhecidos, porém, é um dos métodos de perda de peso que mais geram dúvidas nos pacientes. Por isso, neste artigo, nós, do Blanc Hospital, vamos esclarecer todos os detalhes sobre o tratamento, apresentando 4 benefícios do balão intragástrico. Confira!

 

Procedimento endoscópico

 

O cirurgião bariátrico Guilherme Bassols*, membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM) e integrante do Comitê Científico do Blanc Hospital, explica que o balão intragástrico não é  uma intervenção cirúrgica, mas, sim, um procedimento endoscópico.

A colocação do balão é feita a partir de um aparelho de endoscopia. Através dele, chega-se até o estômago do paciente, onde é inserido o balão, que nada mais é do que uma prótese de silicone preenchida com soro fisiológico. O balão, portanto, ocupa o espaço que há para alimentos. A primeira questão, então, é que não é uma cirurgia”, explica o médico. 

 

Perda de peso

 


De acordo com o
Dr. Guilherme, os principais benefícios do balão intragástrico, claro, têm a ver com a perda de peso. Em geral, as pessoas que são submetidas ao procedimento perdem entre 15kg e 20kg, o que é uma quantidade considerável. O balão é indicado para todos os pacientes com Índice de Massa Corporal (IMC) a partir de 27kg/m², ou seja, o público preferencial para o uso do balão intragástrico são os indivíduos com sobrepeso e obesidade grau I.

O IMC é um cálculo simples, através do qual é avaliado o peso de uma pessoa em relação à sua altura. O resultado considerado normal, isto é, dentro do padrão de massa corporal adequado, é de 18,5kg/m² a 24,9kg/m². De 25kg/m² a 29,9kg/m², é acima do peso. De 30kg/m² a 34,9kg/m², por fim, classifica-se como obesidade grau I. 

Calcule o seu IMC aqui.

 

Procedimento ambulatorial

 


Segundo o
Dr. Guilherme, o procedimento do balão intragástrico é feito sob a sedação do paciente. Anestesia geral não é necessária e é feita uma endoscopia. “Através dessa endoscopia, nós colocamos a prótese de silicone vazia e, dentro do estômago, ela é preenchida com soro fisiológico, geralmente em torno de 500ml e 700ml, o que acaba enchendo o estômago do paciente e ocupando o espaço que seria do alimento”, esclarece. 

Já na retirada, de acordo com o cirurgião bariátrico, o caminho é inverso. É realizada uma endoscopia e o balão é esvaziado através de uma seringa que puxa o líquido. Em seguida, remove-se o balão. Então, ambos os procedimentos, tanto a colocação quanto a retirada, são ambulatoriais, ou seja, o paciente não vai precisar ficar internado. 

 

Outras vantagens

 

O procedimento de colocação e de retirada do balão intragástrico é considerado minimamente invasivo, o que diminui consideravelmente eventuais riscos ao paciente e também acelera o processo de recuperação, além de não necessitar de anestesia geral nem internação, conforme ressaltamos anteriormente. 

Outro benefício é a possibilidade de interrupção imediata do procedimento, caso seja necessária, assim como também é possível a recolocação do balão intragástrico no futuro. Além disso, outra vantagem que se destaca, claro, é a segurança do procedimento, justamente por ser minimamente invasivo.

 


O
balão intragástrico é um dos métodos utilizados para o emagrecimento de pacientes com excesso de peso. No entanto, vale ressaltar: assim como ocorre com qualquer tratamento médico, mesmo os cirúrgicos, só a intervenção não resolve o problema. É necessário um acompanhamento multidisciplinar para o sucesso dos resultados, ou seja, médico, nutricionista, psicólogo, educador físico… todos esses profissionais podem colaborar para o emagrecimento saudável. 

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*O Dr. Guilherme Bassols é cirurgião bariátrico com área de atuação em cirurgia bariátrica e metabólica pelo Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva (CBCD). É membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM), da Comissão de Ética da SBCBM, do Comitê Científico do Blanc, do Colégio Brasileiro de Cirurgiões (CBC) e da Sociedade Americana de Cirurgia Bariátrica e Metabólica. É diretor da SBCBM/RS. Tem certificação como cirurgião de excelência nível máximo IQIII pela WMA-IFSO e em Cirurgia Bariátrica Robótica pela Intuitive.