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A próstata é uma glândula do sistema genital masculino. Fica localizada na frente do reto e embaixo da bexiga urinária e tem como função produzir a lubrificação que protege e nutre os espermatozoides.

Com o avanço da idade, o tamanho da próstata sofre alterações e, por isso, é fundamental que a saúde do homem seja acompanhada clinicamente por um médico.

Há situações, no entanto, em que o aumento da próstata é caracterizado por fatores benignos e, nesse caso, é importante reconhecer os sintomas desse fenômeno no organismo.

Para saber mais sobre o tema e, assim, cuidar da saúde de forma consciente e preventiva, continue a leitura deste artigo preparado pela equipe do Blanc Hospital.

 

Entenda a Hiperplasia Prostática Benigna (HPB)

O aumento benigno da próstata é um evento orgânico denominado como Hiperplasia Prostática Benigna (HPB).

Hoje, calcula-se que pelo menos 25% dos homens entre 40 e 49 anos sejam atingidos pelo aumento da glândula, que chega a acometer até 80% do público masculino na faixa dos 70 e 80 anos de idade.

Um dos principais motivos apurados pela literatura médica para esse aumento é a questão etária: o envelhecimento. A próstata, que tem o tamanho de uma noz, pode atingir (em alguns casos) o tamanho de uma bola de tênis.

 

Tal crescimento pode comprimir a uretra, diminuindo o orifício do órgão, o que traz a dificuldade ou até o impedimento da passagem da urina, resultando no favorecimento de infecções no sistema urinário e o quadro de cálculo renal em casos mais severos.

 

O fator genético também é muito importante e, por isso, familiares próximos àqueles com histórico de HPB têm maior chance de desenvolver a doença. Além disso, elementos como obesidade, diabetes e tabagismo parecem ter relação com o desenvolvimento da HPB

 

Quais são os principais sintomas do aumento da próstata?

Alguns sintomas podem ser facilmente observáveis pelo paciente que apresenta o aumento benigno da próstata, como esclarece o Dr. Karlo Dornelles Biolo:

– diminuição da força do jato urinário;

– sensação de esvaziamento incompleto da bexiga;

– jato urinário intermitente;

– demora, esforço e/ou dificuldade para urinar;

– urgência miccional (por vezes acompanhada de incontinência); 

aumento da frequência urinária, o que, à noite, acaba atrapalhando muito o sono dos pacientes, frisa o médico urologista. 

 

Quais são os tratamentos indicados para o aumento benigno da próstata?

 

Intervenção medicamentosa

 

No estágio inicial, a doença é tratada com o uso de medicamentos voltados ao relaxamento da musculatura lisa da próstata, o que irá facilitar o esvaziamento da urina pela bexiga. A via medicamentosa também é considerada para:

 

– redução do volume da glândula;

– melhoria dos sintomas urinários;

– disfunção erétil (coexistente aos sintomas da HPB). 

 

Ainda, o Dr. Karlo Biolo pontua que, para os pacientes com urgência miccional e aumento da frequência urinária, os remédios auxiliam na diminuição da hiperatividade da bexiga secundária e na obstrução prostática.

 

Cirurgia e tecnologia laser

 

Os tratamentos que passam por procedimento cirúrgico e também por laser constituem um moderno artifício, menos agressivo e invasivo, que proporciona uma recuperação mais rápida do que a prática de raspagem da próstata, por exemplo.

 

O urologista Dr. Karlo Biolo destaca os tratamentos a laser Greenlight e Holmium:

 

Em próstatas muito pequenas, podemos proceder à incisão endoscópica ou ao uso de Urolift, que são ‘grampos’ colocados na glândula, por meio da uretra. Em próstatas muito grandes, podemos utilizar a cirurgia robótica, além dos lasers citados anteriormente. Pacientes que fazem uso de anticoagulantes têm preferência pelo laser verde, o Greenlight, devido à maior segurança a essa condição”.

 

Aos homens com idade mais avançada e com maior número de comorbidades, indica-se a embolização prostática, procedimento executado com aplicação de anestesia local.  

 

Na área da urologia, novas tecnologias têm surgido para o tratamento da HPB, algumas já experimentadas no exterior e que, em breve, serão disponibilizadas no Brasil.

 

Quais são os impactos ao paciente que não trata a HPB?

A incidência da Hiperplasia Prostática Benigna (HPB) possui índice de até 90% entre os homens a partir dos 80 anos de idade. Contudo, a doença pode acometer a parcela masculina da população antes dessa marca: a partir dos 50 anos.

Toda doença, quando não tratada, reflete em impactos na qualidade de vida do paciente. Quando abordamos a HPB, o não tratamento da patologia, em qualquer estágio, pode evoluir para uma grave retenção urinária, sendo necessário o implante de uma sonda para a saída da urina

Outras complicações no quadro inicial de HPB referem episódios de sangramento, infecção urinária e cálculo renal. Em casos extremos, a falência da função da bexiga, juntamente com a insuficiência renal, requer ao paciente a busca pela hemodiálise, através da qual um equipamento realiza a tarefa do rim ou, ainda, a necessidade de um transplante.

 

A recomendação para o tratamento da Hiperplasia Prostática Benigna (HPB) inicia com a prevenção: ainda que se trate de uma doença sem malefícios ao corpo, o acompanhamento clínico deve ser realizado frequentemente por um médico de confiança.

Caso haja diagnóstico para a HPB, o processo terapêutico será indicado conforme análise competente. Além disso, a promoção de hábitos saudáveis, aliada a uma rotina regular de consultas e exames, favorece o cuidado permanente com a saúde

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