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CIRURGIA PARA HEMORROIDAS

VISÃO GERAL

As hemorroidas são um grupo de vasos sanguíneos encontrados na margem anal (hemorroidas externas) e no canal anal (hemorroidas
internas). Elas fazem parte da anatomia do corpo humano, mas só observamos a existência delas quando geram desconforto ou outros
sintomas. Os sintomas mais comuns são: sangramento, abaulamento (inchaço), dor, secreção e coceira anal.
O sangramento anal indolor é uma das queixas mais frequentes e costuma ser causado pelas hemorroidas internas. É observado através
da presença de sangue vermelho vivo nas fezes, no vaso sanitário ou no papel higiênico. Embora as hemorroidas sejam uma das principais causas de sangramento anal, existem outras causas mais graves. Se observares algum sinal de sangramento, procure um coloproctologista.

Trombo hemorroidário (ou trombose) são episódios em que ocorre abaulamento e dor anal. Nesses episódios, o manejo costuma envolver banhos de assento com água morna e analgésicos. Eventualmente, em caso de dor intensa ou com sinais de gravidade, pode haver necessidade de cirurgia. As hemorroidas podem ser tratadas através de procedimentos no consultório ou de cirurgia. A escolha do método vai depender do grau da doença, da disponibilidade do método e da escolha conjunta entre o paciente e o seu coloproctologista.
A cirurgia para hemorroidas é segura e eficaz na maioria das vezes. Na hemorroidectomia convencional, são removidos os componentes internos e externos das hemorroidas. Já nas demais técnicas, a cirurgia aborda somente o componente interno. Existem outras técnicas disponíveis, porém a técnica tradicional, apesar de envolver corte e tempo um pouco maior de recuperação, ainda é a técnica padrão-ouro, com menor índice de recidiva e de complicações. Os estudos comparando as técnicas cirúrgicas mostram que o índice de dor no pós-operatório costuma ser similar entre elas.

EM QUAIS CASO É REALIZADO O PROCEDIMENTO?

– Hemorroidas que persistem sintomáticas após realizar procedimentos no consultório.
– Hemorroidas internas muito volumosas ou com outros achados associados.
– Hemorroidas externas volumosas.
– Trombose hemorroidária com sinais de complicação.

RISCOS DA CIRURGIA

Os principais riscos da cirurgia são dor, retenção urinária, sangramento, infecção, estenose e fissura anal por dificuldade de cicatrização. Vale lembrar que esses eventos são bastante raros.

COMO SE PREPARAR

É necessário apenas jejum para o procedimento, não havendo necessidade de preparo intestinal. Pode ser realizada através de anestesia local ou bloqueio, sendo geralmente associada à sedação para que o paciente durma durante o procedimento. A cirurgia é ambulatorial e o paciente recebe alta após a recuperação anestésica, sem necessidade de pernoite no hospital.

A VIDA APÓS O PROCEDIMENTO

O pós-operatório vai envolver basicamente o uso de analgésicos, cuidados de higiene, banhos de assento com água morna e manejo da
constipação. As evacuações ocorrem normalmente após a cirurgia. Não há restrição quanto à mobilização, sendo possível sentar,
deitar, caminhar e dirigir. Após alguns dias o paciente já costuma voltar para as suas atividades rotineiras de trabalho e atividade física.
As cirurgias para hemorroidas costumam carregar o estigma de dor no período de recuperação, o que assusta um pouco os pacientes.
É muito importante salientar que a dor costuma ter um manejo satisfatório com analgésicos, banhos de assento e manutenção de um
bolo fecal macio, sendo tranquilamente contornada.

CIRURGIA PARA FÍSTULA ANAL

VISÃO GERAL

Uma fístula anal é um túnel que se forma entre uma glândula do canal anal e a região perianal. Ela normalmente surge após um
abscesso perianal. Após o tratamento do abscesso, permanece um trajeto não cicatrizado comunicando o canal anal com a margem anal.

As fístulas são caracterizadas conforme o grau de acometimento do esfíncter anal (músculo responsável pela continência das fezes),
sendo classificadas em simples ou complexas. Os sintomas de uma fístula anal podem ser: abaulamento, calor, vermelhidão, dor, secreção (pus ou sangue) e coceira na região anal. As fístulas são diagnosticadas através do exame físico coloproctológico. Além disso, alguns estudos de imagem, como a ressonância magnética, podem colaborar com o diagnóstico.

EM QUAIS CASO É REALIZADO O PROCEDIMENTO

A cirurgia é a base do tratamento da fístula. Existem muitas técnicas cirúrgicas empregadas no tratamento da fístula, e a abordagem depende do tipo de fístula e do grau de acometimento do músculo. O objetivo da terapia cirúrgica é erradicar a fístula, preservando a continência fecal. Para isso, pode haver a necessidade de mais de um procedimento inclusive. Converse com o seu médico para entender os detalhes do seu caso e definir a melhor opção para você.

RISCOS DA CIRURGIA

Os principais riscos da cirurgia são dor, sangramento, recidiva e incontinência fecal.

COMO SE PREPARAR

É necessário apenas jejum para o procedimento, não havendo necessidade de preparo intestinal. Pode ser realizada através de
anestesia local ou bloqueio, sendo geralmente associada à sedação para que o paciente durma durante o procedimento. A cirurgia é
ambulatorial e o paciente recebe alta após a recuperação anestésica, sem necessidade de pernoite no hospital.

A VIDA APÓS O PROCEDIMENTO

O pós-operatório vai envolver basicamente o uso de analgésicos, cuidados de higiene, banhos de assento com água morna e manejo da
constipação. As evacuações ocorrem normalmente após a cirurgia. Não há restrição quanto à mobilização, sendo possível sentar,
deitar, caminhar e dirigir. Após alguns dias o paciente já costuma voltar para as suas atividades rotineiras de trabalho e atividade física.

CIRURGIA PARA FISSURA ANAL

VISÃO GERAL

A fissura anal é um pequeno corte na margem anal, que costuma ser causado mais comumente pela evacuação de fezes duras e secas.
Como consequência do trauma, ocorre um aumento na tensão do esfíncter anal (músculo que envolve o ânus e é responsável pela
continência), perpetuando o quadro e dificultando a cicatrização da fissura.

A queixa mais comum relacionada à fissura anal é uma dor que rasga/queima ao evacuar, que pode durar horas. Algumas pessoas
também observam presença de vivo sangue no vaso sanitário, nas fezes ou no papel higiênico. Menos comumente, pode causar coceira
ou irritação ao redor do ânus.

O tratamento costuma envolver a regularização do hábito intestinal, a realização de banhos de assento com água morna e a aplicação de cremes tópicos que promovem o relaxamento do esfíncter anal.

Eventualmente pode haver necessidade de cirurgia. Nesses casos é realizada a ressecção superficial da área da fissura (fissurectomia),
associada a um dos procedimentos abaixo para relaxamento do esfíncter anal:

– Aplicação de toxina botulínica: é uma injeção que promove o relaxamento parcial do músculo do esfíncter anal e, assim, premite a cicatrização da fissura. Tem uma taxa de sucesso alta e efeito temporário (aproximadamente 6 meses).
– Esfincterotomia anal: é realizado um pequeno corte no esfíncter para ajudá-lo a relaxar. A cirurgia tem taxa de sucesso semelhante ao botox, porém seu efeito é duradouro.

EM QUAIS CASO É REALIZADO O PROCEDIMENTO
– Fissura anal sem resposta ao tratamento medicamentoso
– Fissura anal crônica
– Fissura anal recidivante

RISCOS DA CIRURGIA

Os principais riscos da cirurgia são dor, sangramento, infecção e incontinência fecal (temporária na aplicação de botox e duradoura na
esfincterotomia anal). Mas vale ressaltar que esses eventos são muito raros.

COMO SE PREPARAR

É necessário apenas jejum para o procedimento, não havendo necessidade de preparo intestinal. Pode ser realizada através de
anestesia local ou bloqueio, sendo geralmente associada à sedação para que o paciente durma durante o procedimento. A cirurgia é
ambulatorial e o paciente recebe alta após a recuperação anestésica, sem necessidade de pernoite no hospital.

A VIDA APÓS O PROCEDIMENTO

O pós-operatório vai envolver basicamente o uso de analgésicos, cuidados de higiene, banhos de assento com água morna e manejo da
constipação. As evacuações ocorrem normalmente após a cirurgia. Não há restrição quanto à mobilização, sendo possível sentar,
deitar, caminhar e dirigir. Após alguns dias o paciente já costuma voltar para as suas atividades rotineiras de trabalho e atividade física.

Texto preparado pela Cirurgiã Dra. Marcela Seabra e pela Dra. Cirurgiã Laura Moschetti, membras do Comitê Científico do Hospital Blanc.