Dr. Igor Wolwacz Junior
VISÃO GERAL:
O Bypass gástrico é uma das cirurgias bariátricas e metabólicas mais realizadas no mundo. Consiste em separar o início do estômago do resto dele e ligar este pequeno estômago criado a uma alça de intestino delgado, em geral 70 a 100 cm abaixo.
O resultado é uma cirurgia capaz de dar saciedade precoce com pouca quantidade de alimento ingerido. É uma cirurgia que não altera o hábito intestinal, ou seja, não causa nem diarreia nem constipação. Em geral, os pacientes perdem de 75 a 90 % do excesso de peso ao final de um ano e meio.
Muito importante, é uma cirurgia segura, onde já existem pacientes com mais de 50 anos operados com ótimos resultados.
EM QUAIS CASOS É REALIZADO O PROCEDIMENTO:
Pacientes com doenças associadas como diabetes e pressão alta podem considerar este procedimento para reduzir o peso e controlar estas doenças quando seu índice de massa corporal está acima de 31. Também é uma excelente cirurgia para pacientes com obesidade severa (acima de 35 de IMC) e obesidade mórbida (IMC entre 40 e 50).
RISCOS DA CIRURGIA:
Os riscos pós–operatórios são muito baixos pois é uma cirurgia rápida (1 h), com deambulação precoce (duas horas após a cirurgia) e com alta em 36/48h para casa.
Ainda sim, os principais sinais de alerta após a cirurgia para que o paciente seja revisto antes da data de retorno ao consultório são: febre ,vômitos , diarreia , cansaço extremo ,palpitação cardíaca e falta de ar .
COMO SE PREPARAR:
A equipe cirúrgica deverá informar os diversos detalhes em preparação para a cirurgia, mas podemos destacar que, em geral, pedimos para o paciente realizar uma dieta que corte frituras e gorduras da alimentação até 10 dias antes do procedimento .
A VIDA APÓS O PROCEDIMENTO:
O paciente que mantém um bom acompanhamento com a equipe cirúrgica nos primeiros cinco anos após o procedimento têm uma qualidade de vida aumentada, menor chance de alguma deficiência vitamínica e, principalmente, menor chance de voltar a engordar. Por isso é muito importante manter uma rotina de visitar a equipe a cada seis meses nestes primeiros cinco anos.
O tratamento da doença obesidade inclui a cirurgia, mas também uma reeducação alimentar, uma mudança nos hábitos psicológicos do paciente (ou seja, mudar o jeito de reagir a determinadas situações do cotidiano) e mesmo da forma como nós cuidamos.
De uma maneira geral, os pacientes se sentem muito felizes após a cirurgia com os resultados obtidos, um peso mais fácil para fazer as atividades diárias, mais facilidade para encontrar as roupas que quiser, mais disposição para sair. Tudo isso reflete na qualidade de vida que valoriza a pessoa e traz uma sensação de bem estar consigo mesma e com os outros.