VIDEOLAPAROSCOPIA GINECOLÓGICA
A videolaparoscopia ginecológica é um procedimento cirúrgico minimamente invasivo realizado através de uma pequena incisão na região umbilical por onde é introduzido o laparoscópio, que fica conectado à uma microcâmera a qual transmite a imagem para um monitor de TV. Outras duas incisões menores são realizadas na região pélvica para a introdução dos instrumentais cirúrgicos.
O procedimento nos permite avaliar com precisão e segurança as estruturas pélvicas, em especial o útero, ovários e trompas.
Pode ser indicado para a investigação de infertilidade e dor pélvica ou para o tratamento de patologias diagnosticadas previamente em exames de imagem ou durante a realização do procedimento, como a endometriose, os miomas, os cistos ovarianos, as aderências pélvicas, as alterações nas trompas e as gravidezes ectópicas.
Os principais riscos do procedimento são: lesão de alças intestinais, vasculares e urológicas (bexiga e ureteres), embolia pulmonar, arritmias cardíacas, infecção, hemorragia, conversão para cirurgia aberta.
O preparo para o procedimento de laparoscopia consiste em uma avaliação clínica e laboratorial para avaliar o risco cirúrgico e as condições físicas da paciente. Esta avaliação é realizada alguns dias antes do procedimento. No dia da cirurgias as pacientes devem fazer
jejum absoluto de 8 horas e, em alguns casos, é necessário preparo intestinal.
Por ser menos invasiva, essa técnica tem a vantagem de proporcionar menores cicatrizes, menor dor pós-operatória e um retorno mais rápido às atividades habituais, que ocorre cerca de 7 a 14 dias após o procedimento.
Os sintomas mais comuns, especialmente nos dois primeiros dias da cirurgia, são: dor e inchaço abdominal, dor nos ombros (devido ao gás usado no abdome), náuseas e vômitos.
HISTEROSCOPIA
A histeroscopia é um procedimento na qual introduzimos um aparelho chamado histeroscópio através da vagina e do colo e que permite a avaliação do interior da cavidade uterina através de visualização direta no histeroscópio ou através de uma microcâmera que fica acoplada ao instrumento e transmite as imagens para um monitor de TV.
O procedimento é realizado para o diagnóstico e tratamento de patologias da cavidade uterina como miomas submucosos, pólipos endometriais, sinéquias e malformações uterinas. Também pode ser indicado para avaliação de pacientes com infertilidade, falhas de implantação em FIV, abortamentos recorrentes, sangramento uterino anormal e suspeita de câncer de endométrio.
A histeroscopia diagnóstica pode ser realizada no consultório médico ou a nível hospitalar com sedação. A histeroscopia cirúrgica requer a introdução de um aparelho que contém uma alça para ressecção e sempre é realizada no bloco cirúrgico sob anestesia geral.
Os principais riscos do procedimento são: perfuração uterina, falso trajeto, lesão de alças intestinais, vasculares e urológicas, intoxicação hídrica, embolia, infecção, hemorragia e conversão para laparoscopia ou laparotomia em casos de suspeita de complicação grave.
O preparo para o procedimento de histeroscopia consiste em uma avaliação clínica e laboratorial para avaliar as condições físicas da paciente e é realizada alguns dias antes do procedimento. As pacientes realizam um jejum absoluto de 8 horas antes da cirurgia. Não é
necessário nenhum outro preparo especial.
O pós-procedimento cursa com cólicas leves e um pequeno sangramento, podendo a paciente retornar às atividades no dia seguinte.
Texto preparado pelo Cirurgião Dr. Andrey Boeno, membro do Comitê Científico do Hospital Blanc.