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O câncer de próstata é o segundo tipo de câncer mais comum entre os homens no Brasil e no mundo. Com o avanço da medicina e do acesso à informação, as chances de cura aumentam significativamente quando o câncer é detectado em estágios iniciais. Vamos entender a importância do diagnóstico precoce e em quais situações a cirurgia é uma opção essencial no tratamento.

Assim como em outros tipos de câncer, o diagnóstico precoce é um grande aliado na luta contra o câncer de próstata. Quando identificado em fases iniciais, as chances de cura podem ultrapassar 90%, pois o tumor geralmente é pequeno e menos agressivo, sem ter se espalhado para outras partes do corpo. Esse diagnóstico é obtido principalmente por meio do exame de PSA (antígeno prostático específico) e do exame de toque retal, ambos recomendados pela Sociedade Brasileira de Urologia para homens a partir dos 50 anos, ou a partir dos 45, caso haja histórico familiar da doença.

Conversamos com o Dr. Gabriel Veber, urologista no Blanc Hospital Porto Alegre, que comenta sobre a importância do diagnóstico precoce: “Infelizmente, o câncer de próstata geralmente não apresenta sintomas específicos. Na maioria dos casos, ele é assintomático e, quando os sintomas surgem, muitas vezes indicam que a doença já está em estágio avançado, manifestando-se como dor ou sangramento ao urinar. Isso reforça a importância da prevenção e dos exames de rastreamento para a detecção precoce.”, explica ele.

Quando a cirurgia é a melhor opção?

A cirurgia pode ser indicada como um dos principais tratamentos para o câncer de próstata localizado, especialmente quando o tumor está restrito à glândula prostática e ainda não se espalhou. Em alguns casos, a cirurgia é recomendada após outras abordagens, como a radioterapia ou o acompanhamento ativo (vigilância de tumores de baixo risco, por meio de exames regulares). A escolha do tratamento ideal deve levar em conta fatores como o estágio do tumor, a idade e a saúde geral do paciente.

Entre as opções cirúrgicas, destacam-se:

  • Prostatectomia Radical: A remoção completa da próstata e das vesículas seminais é a cirurgia mais comum para casos em que o câncer está localizado. Pode ser realizada de forma aberta, laparoscópica ou robótica, dependendo do quadro clínico e da preferência do paciente. A cirurgia robótica, por exemplo, é uma opção menos invasiva, com recuperação mais rápida e menor risco de efeitos colaterais como incontinência urinária e disfunção erétil.
  • Prostatectomia Parcial: Raramente indicada, pois o câncer de próstata geralmente acomete a glândula como um todo, a prostatectomia parcial pode ser uma opção em casos muito específicos e deve ser avaliada com cautela.

Após a cirurgia, o acompanhamento com exames regulares continua sendo fundamental para monitorar possíveis recidivas. Em alguns casos, tratamentos complementares como radioterapia e hormonioterapia podem ser necessários para garantir a eliminação completa das células cancerígenas e prevenir a recorrência.

O câncer de próstata é uma doença que, quando detectada precocemente, oferece grandes chances de cura e de manutenção da qualidade de vida, e quando diagnosticado, a cirurgia pode ser uma etapa vital do processo de cura, especialmente para aqueles com a doença localizada. Fique atento e cuide de você e de quem ama.

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