O câncer de mama é o tipo de câncer mais comum entre as mulheres no Brasil e no mundo. No entanto, com o avanço das tecnologias e o maior acesso às informações, as taxas de cura têm aumentado consideravelmente quando a doença é detectada em estágios iniciais. Vamos explorar a importância do diagnóstico precoce e em quais situações a cirurgia é uma opção de tratamento fundamental.
O diagnóstico precoce é o principal aliado na luta contra o câncer de mama. Quando a doença é identificada em suas fases iniciais, as chances de cura podem chegar a 95%. Isso acontece porque tumores detectados precocemente são menores, menos agressivos e, em muitos casos, não apresentam metástase (espalhamento para outras partes do corpo).
Conversamos com a Doutora Fabiola Zoppas, ginecologista parceira do Blanc Hospital Porto Alegre, que reiterou que a realização de exames de rastreamento, como a mamografia, é uma das principais ferramentas para o diagnóstico precoce. A Sociedade Brasileira de Mastologia recomenda que todas as mulheres a partir dos 40 anos realizem o exame anualmente, ou antes, caso tenham histórico familiar de câncer de mama. Além disso, o autoexame e a consulta regular com o ginecologista são medidas importantes de prevenção e detecção.
Quando a cirurgia é a melhor opção?
A cirurgia é frequentemente indicada como a primeira linha de tratamento em casos de câncer de mama localizado, quando o tumor ainda não se espalhou para outras regiões do corpo. No entanto, em alguns casos, o tratamento pode começar com quimioterapia neoadjuvante, que tem o objetivo de reduzir o tamanho do tumor antes da cirurgia. Essa estratégia pode aumentar a possibilidade de realizar uma cirurgia conservadora, evitando a mastectomia total.
Existem diferentes tipos de cirurgia, cada uma indicada para um contexto específico:
- Cirurgia Conservadora (Quadrantectomia ou Lumpectomia):
Remove apenas o tumor e uma pequena margem de tecido ao redor, preservando a maior parte da mama. Indicada para tumores em estágio inicial, quando o tamanho é pequeno em relação à mama.
- Mastectomia Total ou Radical:
Retirada completa da mama, é indicada em casos de tumores maiores ou em estágios mais avançados, ou quando há múltiplos tumores espalhados pela mama. Pode também ser a escolha em mulheres com mutações genéticas nos genes BRCA1 ou BRCA2, que possuem um risco muito elevado de desenvolver novos tumores.
Após a cirurgia, o tratamento pode incluir radioterapia e/ou terapia hormonal, dependendo das características do tumor e da paciente.
O diagnóstico precoce do câncer de mama é crucial para aumentar as chances de cura e possibilitar tratamentos menos invasivos. A mamografia regular e o acompanhamento médico são essenciais para detectar a doença em suas fases iniciais. Quando o câncer é diagnosticado, a cirurgia pode ser uma parte fundamental do tratamento, seja para remover o tumor ou para prevenir novos surgimentos em casos de risco elevado.
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