Dr. João Pedro Telles
VASECTOMIA
VISÃO GERAL:
A vasectomia é um procedimento cirúrgico para o sexo masculino com o objetivo de esterilização e planejamento familiar. Durante o procedimento, os canais deferentes são cortados e depois amarrados e cauterizados de modo a impedir que os espermatozóides entrem no líquido seminal (ejaculação) e, assim, evitar que ocorra a fertilização.
EM QUAIS CASOS O PROCEDIMENTO É REALIZADO:
Realizada quando o paciente tem consciência de estar com a sua prole completa, ou seja, não deseja mais ter filhos (desde que tenha 2 filhos ou idade superior a 25 anos).
Também pode ser realizada em pacientes acima de 25 anos que não desejam ter filhos.
RISCOS DA CIRURGIA:
Sangramento, formação de hematoma, infecção da ferida operatória, dor crônica. Possibilidade de recanalização e retorno da capacidade fértil em 1 para cada 2.000 casos.
COMO SE PREPARAR:
Realizar consulta adequada e ter formal liberação do procedimento – com o termo de consentimento também assinado pela companheira (quando for aplicável).
Paciente deve estar apto para um procedimento que ser realizado com apenas anestesia local ou com sedação e anestesia local. Para maior conforto do paciente, optamos sempre por sedação, o que exigirá um jejum completo de 8 horas para sólidos e de 4 horas para água e líquidos claros (p.e.: chás).
A VIDA APÓS O PROCEDIMENTO:
Logo após o procedimento: 48 horas de repouso relativo. 10 dias sem atividade física ou sexual. Após consulta de revisão (em 10 dias de pós-operatório), paciente retorna às suas atividades normais – mantendo método anticonceptivo até espermograma de controle, que deverá ser realizado 8 semanas após a data da cirurgia.
URETERORRENOLITOTRIPSIA RÍGIDA OU FLEXÍVEL
VISÃO GERAL:
Nos casos de pacientes com litíase urinária (pedra nos rins ou nos ureteres), com o advento dos procedimentos minimamente invasivos, geralmente há mais de uma alternativa terapêutica para um determinado caso. Isto irá requerer a participação do paciente na escolha do tratamento. O paciente deve ser amplamente informado sobre as formas de tratamento, sua eficácia, seu tempo de tratamento, seus eventuais riscos e até mesmo a necessidade de sessões ou tratamentos adicionais.
O objetivo do tratamento do cálculo renal é a total eliminação ou a retirada de cálculos e fragmentos com menor morbidade ao paciente.
Nos cálculos que migraram para o ureter, principalmente para suas porções mais distais, realizamos a ureterolitotripsia através de ureteroscópios semirrígidos. Com o uso de equipamentos mais finos e delicados, aumentou-se muito o índice de sucesso (algo próximo de 90%) com consequente diminuição das complicações (perfuração e estenose ureteral).
Nos cálculos presentes em porções mais altas do ureter, ou presentes na pelve e cálices renais, realizamos a ureterorrenolitotripsia através do ureteroscópio flexível.
Em ambos os casos, realizamos a fragmentação com o uso do holmium laser e a retirada dos fragmentos com pinças/cestas especiais, projetadas especificamente.
EM QUAIS CASOS O PROCEDIMENTO É REALIZADO:
Quando existe um ou mais cálculos presentes no ureter e/ou nos cálices renais, gerando quadro de dor e obstrução ao fluxo urinário.
Também indicado quando, associada à presença do cálculo, temos processos infecciosos acometendo o sistema urinário.
RISCOS DA CIRURGIA:
Impossibilidade de acessar o cálculo e/ou necessitar de procedimentos complementares, dor/ardência/sangramento pela presença de cateter duplo J, infecção, perfuração do ureter, avulsão parcial ou completa do ureter.
COMO SE PREPARAR:
A VIDA APÓS O PROCEDIMENTO:
Texto preparado pelo cirurgião Dr. João Pedro Telles, membro do Comitê Científico do Hospital Blanc.