Dr. Guilherme Bassols
VISÃO GERAL:
O tratamento cirúrgico da obesidade (cirurgia bariátrica) é reservado para pacientes com obesidade mórbida, ou seja, com IMC > 35 Kg/m² com alguma comorbidade (diabetes, hipertensão, apnéia do sono, colesterol alto, problemas articulares) ou acima de 40 Kg/m² independente da existência de comorbidades. É o tratamento de escolha para estes pacientes há mais de 20 anos e caracteriza-se por ser um procedimento seguro que pode ser realizado com técnicas minimamente invasivas sem a necessidade de grandes incisões ou internações prolongadas.
EM QUAIS CASOS O PROCEDIMENTO É REALIZADO:
Os pacientes com indicação de cirurgia passam por uma avaliação minuciosa composta de exames complementares e consultas de avaliação e preparo com especialistas de diversas áreas específicas.
COMO SE PREPARAR:
Espera-se que os pacientes submetidos à cirurgia bariátrica percam até 100% do seu excesso de peso em até três anos (ex: uma pessoa com 120 Kg, cujo peso ideal é 80 Kg, espera-se que perca até 40 Kg após o procedimento).
GASTRECTOMIA VERTICAL (SLEEVE):
Nesse procedimento são realizadas 5 pequenas incisões (menores de 1 cm), por onde é realizado um grampeamento no estômago, que é transformado em um tubo com capacidade de até 200 mililitros (ml). Além de reduzir o estômago, nesta cirurgia é retirada uma porção do estômago relacionada com a produção de Grelina, um hormônio que está relacionado com a saciedade, diminuindo a fome. Espera-se após a cirurgia que os pacientes percam até 100% do seu excesso de peso, além de controle do diabetes e da hipertensão em até 80% dos pacientes.
CURIOSIDADES SOBRE A TÉCNICA DO SLEEVE:
RISCOS DA CIRURGIA:
Os pacientes submetidos a cirurgia bariátrica precisam ficar atentos a 3 sintomas principais:
A VIDA APÓS O PROCEDIMENTO:
Importante destacar que os pacientes submetidos a cirurgia bariátrica necessitam acompanhamento multidisciplinar constante. São especialmente importantes as consultas com nutricionista, psicólogo e com endocrinologista. São importantes exames de sangue para avaliar vitaminas e proteínas que possam necessitar reposição. Somente com um acompanhamento próximo a equipe podemos criar um resultado satisfatório. Lembre-se: a cirurgia não faz milagres, sem comprometimento não há resultado.
Texto preparado pelo cirurgião Dr. Guilherme Bassols, membro do Comitê Científico do Hospital Blanc.